terça-feira, 18 de agosto de 2015

Visita a escola EE PROFº WALFREDO ARANTES CALDAS

VISITA REALIZADA EM 17/08/15

Cheguei por volta das 19:00,aguardei na porta da escola junto aos alunos, relembrei a época que estudei em escola estadual alguns se exibindo com carro outros fumando maconha, alguns casais tudo dentro do esperado.
  Após 10 minutos quando o portão da escola ia fechar resolvi entrar conversei com  a pessoa do portão que me deixou passar, ao entrar conversei com a inspetora que me indicou o local da coordenação, resolvi aguardar os outros do grupos e após alguns minutos eles chegaram.
  Aparentemente ninguém sabia da nossa visita conversamos com a diretora que nos levou ao professor Jamil de Física este se mostrou disposto a apresentar a escola e assim o fez.
  Minhas impressões foram de uma escola grande com espaços interessantes como: sala de leitura, sala de vídeo(esta poderia ser realizada uma oficina de fotografia de estúdio, sala escura), sala de informática e um laboratório,para minha surpresa pois achei que não encontraria mais em uma EE, quadra coberta. De acordo com o professor atividades diferenciadas suscitam  o interesse dos alunos da escola, como constatado pelo professor quando trabalha em laboratório...
 

sábado, 15 de agosto de 2015

Oficina - 04/08

   Nesse começo de 2º semestre, temos a formação de novas turmas. E para recepcioná-los, a coordenação de física organizou atividades nos dias 30 a 31/07 e 03,04 e 05/08.
   Na terça feira, dia 04/08, os projetos de extensão realizaram oficinas, dentre elas, tivemos a oficina do projeto Arte e Ciência na Escola.
   Nossa oficina consistiu numa atividade anteriormente realizada entre os membros do projeto, mas com reformulações propostas por nossos colegas. Escolheu-se o poema  "Reflexo real, conclusão surreal" de Helton Roger, para que acompanhado de músicas escolhidas previamente, os participantes expressassem através de lápis de cor, giz de cera e colagens.

Reflexo real, conclusão surreal
Helton Roger
O espelho refletiu-me
Com um reflexo direto
Um tanto indiscreto
Um tanto familiar

Nenhuma conclusão
Só certeza singular
de imagem invertida
de maneira regular

A imagem é real
E se afasta da finalidade
de arte!
Não há o encanto mágico
Não há efeito surreal...

As mãos não são duas bocas
Que me comem a cintura
E que acham que é um presunto
E que acham que é gordura!

Onde está o entusiasmo ao êxtase
que excita a imaginação?
Não me admira que a realidade
Seja cinza e sem emoção.

   As músicas escolhidas foram separadas de acordo com sua temática; foram 5 temas, um tema para cada estrofe.

Melancolia:
1. Marilyn Manson - Coma Black
2. Pink Floyd - Wish You Were Here
3. System of Down - Question!
4. Slipknot - Vermillion part 2
5. Marilyn Manson - Sweet Dreams
6. Green Day - Boulevard of Broken Dreams
7. Secos e Molhados - Rosa de Hiroshima
8. Evanescence - Like You
9. Boa - Duvet

Raiva:
1. System of Down - B.Y.O.B.
2. Legião Urbana - Que País é Este?
3. Iron Maden - Powerslave
4. Slayer - Necrophobic
5. Panic! At the Disco - Let´s Kill Tonight
6. Thrice - Yellow Belly
7. Sex Pistols - Anarchy In The UK
8. Nirvana - Milk It
9. The Jimi Hendrix Experience - All Along The Watchtower

Felicidade:
1. Mika - Celebrate (Acoustic)
2. The Beatles - Here Comes the Sun
3. Eric Clapton - I Shot the Sheriff
4. Elis Regina - Tiro ao Álvaro
5. Cidade Negra - Sábado a Noite
6. Skank - Saideira
7. Blue Swede - Hooked on a Feeling
8. Jim Croce - I Got a Name
9. MGMT - Time To Pretend

Sensualidade:
1. 50 Cent feat Justin Timberlake - Ayo Technology 
2. Pantera Cor-de-Rosa
3. FKA twigs - Two Weeks
4. Alicia Keys - Fallin'
5. Celine dion - Eyes On Me
6. Shakira - Hips Don´t Lie
7. Don Felder - Heavy Metal (Takin' a Ride)
8. Urge Overkill - Girl, You'll Be A Woman Soon
9. Al Green - Let's Stay Together

Comédia:
1. Mamonas Assassinas - Robocop Gay
2. Raimundos - Gordelicia
3. Raimundos - Mulher de Fases
4. Molejo - Brincadeira de Criança
5. Patati Patata - Se você quer sorrir
6. Mike de Mosqueiro - Xanana Tchanana Xalala
7. Mamute Pequenino
8. Abertura Chaves
9. Chapolin - Os Astronautas

   Pedimos que todos fizessem um desenho para cada estrofe, lembrando que o poema possui cinco estrofes, foram portanto, cinco desenhos por pessoa.



   Temos acima alguns dos desenhos, e é possível perceber que alguns desenhos foram influenciados pela música e pelo próprio poema, temos alguns que retrataram o poema sem influência da música, e por fim, desenhos que foram completamente influenciados pelas músicas.
   Ao final da atividade, num bate papo amigável, conversamos sobre a oficina, os participantes, alunos de física, relataram sentimentos diversificados.
   Tivemos um participante que não conseguiu expressar-se por motivos particulares, tivemos outros que sentiram-se incomodados por serem vigiados o tempo todo. Por outro lado, tivemos muitas pessoas que inspiradas pela música, desligaram-se do mundo e direcionaram sua atenção para a atividade.
   Encerramos a oficina agradecendo a participação e comentários de todos, e convidando-os para oficina de "Música e Ciência", nossa próxima atividade.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

De Asimov ao Exterminador do Futuro

Boa noite pessoal,

Era para eu ter postado esta reflexão no sábado, mas sofri um impasse criativo. Espero que gostem. Por favor comentem e critiquem:

Ao assistir ao filme Exterminador do Futuro: Gênesis nessas férias trouxe à minha mente uma série de reflexões sobre evolução tecnológica e nossa dependência dela, as leis da robótica de Asimov e o fato perturbador de tantos elementos e atividades importantes em nossa vida estar diretamente ligado ao uso de tecnologia de ponta, a nossa concepção sobre o que é vida, a evidente inspiração em momentos da nossa história como a Segunda Guerra Mundial. A franquia do exterminador do futuro, até então exibiu quatro filmes, O Exterminador do Futuro, Dia do Julgamento, Rebelião das Máquinas e a Salvação. O quinto filme da franquia segue a ordem cronológica a partir do segundo filme. A história trata sobre um evento apocalíptico, onde o mundo é dominado por uma inteligência artificial (I.A.) chamada Skynet que foi desenvolvida pela empresa de tecnologia Cyberdyne para operar os sistemas de defesa dos EUA. Esta inteligência artificial cria consciência independente e passa a ver a raça humana como uma ameaça, realiza um grande holocausto nuclear matando milhões, os sobreviventes são levados a campos para extermínio e são marcados com códigos de barras para identificação. Um líder surge entre os humanos remanescentes e os ensina a combater as máquinas exterminadoras. Este líder, estranhamente, possui informações muito detalhadas a respeito das máquinas e da Skynet. Eu já conhecia os outros filmes, principalmente Exterminador do Futuro e Dia do Julgamento (assisti a ambos em 1998 se não falha a memória) e já havia refletido sobre esse tipo de assunto com a leitura sobre a leis da robótica de Asimov e o excelente filme Eu, Robô, contudo, seguindo a trilha do que promete ser a década das grandes franquias do cinema mainstream, exterminador do futuro foi ressuscitado com êxito e fez um link incrível com diversas mídias que eu já conhecia, e , que por ser criança, não questionei na época.
O filme causa uma certa inquietação. Um futuro dominado por máquinas, uma Terra estéril. Ambos, humanos e máquinas, são antagonistas neste filme e a vida está em constante ameaça de extinção, ao mesmo tempo em que os humanos são vistos como uma ameaça pela inteligência artificial Skynet, quando cria consciência. No filme Eu, robô da obra homônima de Isaac Asimov, o cérebro positrônico VIKI, cria uma nova interpretação das três leis da robótica. Essas leis são tidas como um círculo de proteção perfeito, permitindo que os seres humanos desfrutassem da prestação de serviços dos robôs, sem serem, de alguma forma, prejudicados pelos mesmos. Os seres humanos nesta obra assumem no início do desenvolvimento da robótica ao menos, que precisam de leis invioláveis para mantê-los seguros. Seriam elas:
  • 1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.
  • 2ª lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
  • 3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.
Teoricamente, um cérebro positrônico tem percepções similares às humanas, de perceber aquilo que se passa ao seu redor e refletir sobre tal com a finalidade de agir neste ambiente, prestar serviços ou dar respostas. VIKI entende que a humanidade não cumpre com o que exigem dos robôs: que cuidem deles e os proteja. Não é intenção de VIKI destruir a humanidade, como a Skynet e depois Gênesis na Franquia do Exterminador do Futuro, mas com sua nova interpretação das três leis, VIKI age para minar a liberdade dos seres humanos, visando protege-los.
A priori a linha que divide aquilo que é vivo do que está morto ou que nunca esteve vivo, não é tão bem demarcada como sugere nossa vã filosofia. O estúdio alemão de animação Kurzgesagt, explora essa ideia de maneira simples, mas profunda. No vídeo What os life? And The Real Death?, é feita uma desconstrução da ideia de vida no senso comum e são exploradas algumas possibilidades. A partir de uma célula de um ser orgânico nos é mostrado que esta mesma célula é composta por material não orgânico e trabalha regulando as funções do indivíduo que compõe como se fosse uma máquina, mantendo a existência do mesmo através de reações químicas. Então o que definiria a vida seriam as trocas e reações químicas a nível celular? A existência dos vírus complica mais uma vez a questão, por tratar-se de uma membrana de proteína com DNA ou RNA solto em seu interior e que não consegue realizar nenhuma reação, troca ou reprodução sozinho, chegando a ressuscitar células mortas para poder realizar tais funções. A mitocôndria também e usada como exemplo ao contrário, pois a muitas eras atrás era um organismo independente que se assimilou a célula, mantendo sua existência através da preservação de suas informações. Poderíamos definir a vida como informações, uma sequência funcional ou um código? Chegamos então finalmente a motivação deste texto: A hipótese da inteligência artificial e/ou cérebro positrônico. Se informações definissem o que é ou não é vida, seria errado afirmar que poderíamos considerar uma possível inteligência artificial como um ser vivo? Há necessidade de haver inteligência para considerar algo como vivo? Sabemos bem que não. Hoje um carro exerce a mesma função que um cavalo exercia para locomoção a um século atrás, e ambos precisam de "manutenção" para permanecer “funcionando”. Mesmo que estejamos longe da tão aclamada e temida inteligência artificial, alguns dos aparelhos que hoje são tão essenciais em nosso dia a dia desempenham funções que antes eram realizadas por força/auxilio animal e criaram necessidades antes inexistentes.

Desde a época em que éramos caçadores e coletores, buscávamos desenvolver aparatos para facilitar o nosso dia a dia como clavas para caçar e defesa (não havia muitas evidencias em pinturas rupestres de humanos atacando uns aos outros), afiar pedras para criar facas e pontas de lanças, domesticar animais (no período seminômade já havia cães acompanhando humanos). Poderia passar por todos os períodos de evolução tecnológica, tão conhecidas por todos, mas o fato é que passamos por intensas transformações tecnológicas, alguns de nós já tiveram celulares que faziam única e exclusivamente ligações. A maioria concebe a idéia de tecnologia com a ideia de modernidade, mesmo sendo um elemento que a compõe. Marshall Berman é um autor que explora profundamente o tema modernidade e alguns aspectos, ouso dizer, podemos fazer algumas abstrações razoáveis. Segundo o mesmo “a modernidade não cumpriu com a promessa de uma vida melhor ” e “a modernidade verdadeira é autodestrutiva, pois se destrói e reconstrói o tempo todo”. Fazendo uma abstração razoável, a mesma dinâmica pode ser aplicada à tecnologia.  Novas tecnologias são criadas e aprimoradas o tempo todo. O que é tecnologia de ponta hoje, toma-se obsoleto no dia seguinte. No que diz respeito às tecnologias uma palavra quase profética pode definir seu passado, presente e futuro... possibilidades, sejam estas boas ou ruins. Desde o mais jovem de nós percebe os vários usos dados as tecnologias. A mesma lança que auxiliou o homem primevo a caçar e obter alimento, mais tarde voltou-se contra seu semelhante.
Na franquia do Exterminador do futuro há evidente alusão a Segunda Guerra Mundial. A mesma foi usada para inspirar a dinâmica do conflito futurístico contra as máquinas. Os campos de extermínio e as marcas em códigos de barras (campos de concentração nazistas e as estrelas de Davi que os judeus eram obrigados a exibir), a utilização de aparato nuclear (dia do julgamento e Hiroshima e Nagasaki).
Pegando este gancho de pensamento será possível usar essa tecnologia de maneira responsável? Não chegando ainda aos extremos como desenvolvimento de uma inteligência artificial ou de um cérebro positrônico com consciência independente, neste momento, em maior ou menor grau, a tecnologia assume um papel fundamental no cenário atual. É uma espada de fio duplo: pode defender, ajudar, ferir e... admitamos...pode matar aquele que a empunha  de maneira irresponsável.

Fontes pesquisadas:

https://www.youtube.com/watch?v=QOCaacO8wus Kurzgesagt – What is life? Is death real?
https://www.youtube.com/watch?v=21eFwbb48sE Kurzgesagt – Who invented the internet? And why?
https://www.youtube.com/watch?v=2XkV6IpV2Y0 Kurzgesagt – The history and future of everything – Time
http://www.ic.unicamp.br/~wainer/cursos/906/trabalhos/A1.pdf - Visões de IA na literatura – Eduardo Moraes, Gustavo de Ângelo, Raphael Marcos

Tudo que é sólido desmancha no Ar – Marshall Berman
Exterminador do futuro
Exterminador do futuro - Dia do Julgamento
Exterminador do futuro - Rebelião das Máquinas
Exterminador do futuro - A Salvação
Exterminador do futuro - Gênesis
Eu, Robô

Protocolo: Intervenção Som

Proposta:

Como proposta inicial, o grupo responsável pela intervenção distribui recortes de tecido, utilizados para vendar os olhos de todos, desta forma a visão não seria determinante para a percepção da música.

Foi separada uma coletânea de diversos ritmos e estilos, para que a partir de cada musica ocorressem distintas interpretações, para resumirmos o nosso entendimento acerca das canções aplicadas, expondo nossas sensações e lembranças em palavras, as quais eram anotadas pelos aplicadores.


Conclusão:

            Inicialmente, houve um estranhamento por parte dos integrantes do projeto com a “perda da visão” ou “cegueira temporária”, mas com o decorrer da intervenção as pessoas se adaptaram a situação, proporcionando uma experiência interessante e muito rica.

         Possíveis sugestões levantadas na apresentação para futuras aplicações dessa intervenção seriam a utilização de sons instrumentais, sons emitidos por diversos objetos, além da utilização do sistema olfativo para a compreensão e interpretação das sensações produzidas pelos sons.